sábado, 31 de outubro de 2009

AÇÃO MEDIÚNICA




Conhecida em todos os tempos da cultura sócio-histórico-antropológica, na Terra, têm-se manifestado a ação mediúnica através de complexas expressões.
Nabucodonosor, o célebre rei da Assíria, com freqüência era visitado por entidades perversas, assumia postura chocante sob a injunção de doloroso fenômeno obsessivo que o maltratava mediunicamente.
Akenathon, o insigne faraó egípcio, inspirado por excelentes Numes Tutelares, penetrou, psiquicamente, no mundo espiritual, oferecendo nobre visão de Deus, através da deidade Athon representada no Astro-rei, que se faz presente em tudo e sustenta a vida...
Pitágoras, iniciado na comunicação com os espíritos, ensinava as técnicas de educação espiritual, no seu santuário em Crotona. Domício Nero, déspota e alienado, sofria a visita mediúnica da genitora e da esposa, que ele assassinara.
Na esfera do Cristianismo, as comunicações eram comuns, e o Apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, apresentou a "variedade de dons" mediúnicos que se encontram presentes nas criaturas.
Francisco de Assis ou Tereza de Ávila, Condorcet ou Voltaire, Schumann ou Schiller, para citar apenas alguns, foram instrumentos dos Imortais, que lhes tangiam as cordas sensíveis da alma, trazendo do Mundo Maior as belas páginas de diversificada cultura e arte que ainda deslumbram e comovem a humanidade.
Franco, Divaldo Pereira. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

ANGÚSTIA E PAZ


Previne-te contra a angústia.

Esta tristeza molesta, insidiosa, contínua, arrasta-te a estado perturbador. 
Essa insatisfação injustificável, perseverante, penosa, conduz-te a desequilíbrio imprevisível.
Aquela mágoa que conservas, vitalizada pela revolta sem lógica, impele-te a desajuste insano.
Isso que te assoma em forma de melancolia, que aceitas, empurra-te a abismo sem fundo.
Isso que aflora com freqüência, instalando nas tuas paisagens mentais de pressão constante, representa o surgimento de problema grave.
Aquilo que remóis, propiciando-te dor e mal-estar, impele-te a estados infelizes, que te atormentam.
A angústia possui gêneses. Várias.
Procede de erros que se encontram fixados no ser desde a reencarnação anterior, como matriz que aceita motivos verdadeiros ou não, para dominar quem deveria envidar esforços por aplainar e vencer as imposições negativas e as compulsões torpes.
Realmente, não há motivos que justifiquem os estados de angústia.
A angústia entorpece os centros mentais do discernimentos e desarticula os mecanismos nervosos, transformando-se em fator positivo de alienações.
Afeta o psiquismo, o corpo e a vida, enfermando o espírito.
Rechaça a angústia, pondo sol nas tuas sombras-problemas.
Não passes recibo aos áulicos da melancolia e dispersa com a prece as mancomunações que produzem angústia.
Fomenta a paz, que á antídoto da angústia.
Exercita a mente nos pensamentos otimistas e cultiva a esperança.
Trabalha com desinteresse, fazendo pelo próximo o que dizes dele não receber.
A paz é fruto que surge em momento próprio, após a germinação e desenvolvimento do bem no coração.
Jamais duvides do amor de Deus.
Fixado no propósito de crescimento espiritual, transfere para depois o que não logres agora, agindo com segurança.
Toda angústia dilui-se na água corrente da paz.
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Alerta. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. 1 edição. LEAL. 1981.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

TODOS PODEMOS





Nem todos revelamos grandeza, mas todos podemos cultivar humildade.


Nem todos demonstramos conhecimentos superiores, mas todos podemos estudar. Nem todos conseguimos sustentar, economicamente, as obras, mas todos podemos efetuar essa ou aquela prestação de serviço.


Nem todos guardamos a competência ou o dom de curar, mas todos podemos, de um modo ou de outro, auxiliar aos nossos irmãos enfermos.
Nem todos estamos habilitados para mandar, mas todos podemos servir.
Nem todos somos heróis, mas todos podemos ser sinceros, justos e bons.
Nem todos nos achamos em condições de realizar muito no socorro aos que sofrem, mas todos podemos oferecer algo de nós, em favor deles.
Espíritas, irmãos!
Não alegueis indigência, pequenez, fraqueza, incapacidade ou ignorância para desertar do trabalho a que somos chamados. Comecemos, desde agora, a edificação do Reino de Deus, em nós e em torno de nós, através do serviço que já possamos fazer.

Albino Teixeira   
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho Espírita. Por Espíritos Diversos. 8.ed. Araras, SP, IDE, 1995, cap. 6.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

ALÉM DOS OUTROS



Não fazem os publicanos também o mesmo? — Jesus. (MATEUS, capítulo 5, versículo 46.)




Trabalhar no horário comum irrepreensivelmente, cuidar dos deveres domésticos, satisfazer exigências legais e exercitar a correção de proceder, fazendo o bastante na esfera das obrigações inadiáveis, são tarefas peculiares a crentes e descrentes na senda diária.
Jesus, contudo, espera algo mais do discípulo.
Correspondes aos impositivos do trabalho diu-turno, criando coragem, alegria e estímulo, em der-redor de ti?
Sabes improvisar o bem, onde outras pessoas se mostraram infrutíferas?
Aproveitas, com êxito, o material que outrem desprezou por imprestável?
Aguardas, com paciência, onde outros desespe raram?
Na posição de crente, conservas o espírito de serviço, onde o descrente congelou o espírito de ação?
Partilhas a alegria de teus amigos, sem inveja e sem ciúme, e participas do sofrimento de teus adversários, sem falsa superioridade e sem alarde?
Que dás de ti mesmo no ministério da caridade? Garantir o continuísmo da espécie, revelar utili dade geral e adaptar-se aos movimentos da vida são característicos dos próprios irracionais.
O homem vulgar, de muitos milênios para cá, vem comendo e bebendo, dormindo e agindo sem diferenças fundamentais, na ordem coletiva.
De vinte séculos a esta parte, todavia, abençoada luz resplan dece na Terra com os ensinamentos do Cristo, con­vidando-nos a escalar os cimos da espiritualidade superior.
Nem todos a percebem, ainda, não obstante envolver a todos. Mas, para quantos se felicitam em suas bênçãos extraordinárias, surge o desafio do Mestre, indagando sobre o que de extraordinário estamos fazendo.
Do Livro Fonte Viva - Emmanuel - Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 27 de outubro de 2009

AGASALHO


O aprendiz buscou o orientador e clamou, agoniado:




- Amigo querido, por que a contradição em que me vejo?



Vivia tranquilo, quando adquiri a fé.
Depois de instalar a fé no coração, o sofrimento apareceu em minha vida...
Se acumulei tanta confiança na Divina Providência, qual a razão pela qual tantas tribulações me acompanham?
Momentos surgem, nos quais me sinto em doloroso desespero.
Por que tamanho contra-senso?
O interpelado, entretanto,  respondeu sem hesitar:
- Filho, não te revoltes.
A Lei do Senhor é justiça e misericórdia.
O Pai Todo-Sábio não podia livrar-te da provação, mas não podes negar que a Infinita
Bondade te amparou com o apoio oportuno, a fim de que atravesses as tempestades de hoje com o agasalho preciso...



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminhos. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 2 edição. Jabaquara, SP: CEU. 1981.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

PAZ E LUZ




"Dias difíceis, atravessamos na Terra"... – Ouves dizer.

E revisas o que sabes.
O noticiário relaciona o antagonismo crescente entre os povos. Desentendimentos dominam as classes sociais, reclamando tato e compreensão das lideranças, a fim de que não se façam conflitos destruidores. Dramas passionais, nas versões da imprensa, traumatizam milhares de pessoas.
As desvinculações familiares, em regime de precipitação, os assaltos, as reclamações em massa, os distúrbios de opinião, os acidentes que constituem a preocupação da vida comunitária, em quase todos os lugares do mundo, as calamidades que emergem da natureza...
Todos esses elementos sombrios, somados aos problemas individuais, criam a dilapidação psicológica com que milhões de criaturas comparecem no trabalho ou nas vias públicas, estabelecendo o clima de tensão que deforma a personalidade e lhe consome grande contingente de forças.
É nesse quadro de trabalho que as Leis do Senhor nos engajaram para servir no mundo de hoje.
Muitas pessoas, inconscientemente, se mostram prevenidas para a revolta por bagatelas, prontas a transfigurar cólera ou azedume em formas estranhas de agressão.
Escora-te na paciência e caminha.
Haja o que houver, faze o melhor que puderes, abençoa e passa.
Cala-te e auxilia.
Onde estiveres, espalha a beneficência das boas palavras e oferece a bênção do teu sorriso de paz e fraternidade.
Todos os acontecimentos de ordem negativa são subprodutos das trevas de espírito.
No torvelinho das sombras, o Céu não nos pede para que sejamos estrelas. Basta a cada um de nós o compromisso de acender, em nome de Deus, um raio de luz.

Meimei
XAVIER, Francisco Cândido. “Deus Aguarda”. Pelo Espírito Meimei. São Bernardo do Campo, SP: GEEM.

domingo, 25 de outubro de 2009

ORAÇÃO E RENOVAÇÃO






"Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram." - PAULO. HEBREUS, 10:6.)


É certo que todo trabalho sincero de adoração espiritual nos levanta a alma, elevando-nos os sentimentos.
A súplica, no remorso, traz-nos a bênção das lágrimas consoladoras. A rogativa na aflição dá-nos a conhecer a deficiência própria, ajudando-nos a descobrir o valor da humildade. A solicitação na dor revela-nos a fonte sagrada da Inesgotável Misericórdia.
A oração refrigera, alivia, exalta, esclarece, eleva, mas, sobretudo, afeiçoa o coração ao serviço divino. Não olvidemos, porém, de que os atos íntimos e profundos da fé são necessários e úteis a nós próprios.
Na essência, não é o Senhor quem necessita de nossas manifestações votivas, mas somos nós mesmos que devemos aproveitar a sublime possibilidade da repetição, aprendendo com a sabedoria da vida.
Jesus espera por nossa renovação espiritual, acima de tudo. 
Se erraste, é preciso procurar a porta da retificação.
Se ofendeste a alguém, corrige-te na devida reconciliação.
Se te desviaste da senda reta, volta ao caminho direito.
Se te perturbaste, harmoniza-te de novo.
Se abrigaste a revolta, recupera a disciplina de ti mesmo.
Em qualquer posição de desequilíbrio, lembra-te de que a prece pode trazer-te sugestões divinas, ampliar-te a visão espiritual e proporcionar-te consolações abundantes; todavia, para o Senhor não bastam as posições convencionais ou verbalistas.
O Mestre confere-nos a Dádiva e pede-nos a iniciativa.
Nos teus dias de luta, portanto, faze os votos e promessas que forem de teu agrado e proveito, mas não te esqueças da ação e da renovação aproveitáveis na obra divina do mundo e sumamente agradáveis aos olhos do Senhor.


Do Livro Vinha de Luz - Emmanuel - Chico Xavier

CONDUTA DE MISERICÓRDIA




Este cavalheiro insolente, agressivo, que parece dominador, e que, tomando o caminho, investe contra os teus direitos, encontra-se gravemente enfermo, não tendo dimensão do mal que o consome.
Aquela dama, frívola e irreverente, que parece desejar submeter o mundo aos pés, assinalada pelo excesso de jóias e tecidos caros, tem o coração dilacerado por terríveis frustrações, que não consegue superar.
Esse jovem rebelde, que desdenha as leis a assoma na tua senda com o cinismo afivelado à face, padece conflitos íntimos que o vesgastam e aos quais não pode fugir.
Estoutro senhor, de cenho carrancudo a aspecto amargo, que não logra dissimular a arrogância de que se vê objeto, tem medo de ser conhecido pelas fraquezas morais que carrega interiormente.
Esta moça, quase despida, que exibe o corpo e a alma ao comércio da luxúria, invejada por uns e por outros malsinada, viva ralada pela carência de um amor verdadeiro que a dulcifique e felicite.
O rapaz que expôe o corpo, para o jogo exaustivo dos prazeres fáceis, símbolo e modelo de beleza, vive aturdido na timidez que o neurotiza,obrigado a uma exterionização que o aniquila a pouco e pouco.
No festival dos sorrisos humanos, no banquete dos triunfos sociais a na passarela da fama as criaturas não são o que demonstram, mas, sim, um simulacro do que não conseguem tornar-se.
É certo que há exceções, como não poderia deixar de ser, o que mais afirma a regra geral.
A pobreza andrajosa, a polidez da face de bom comportamento, a voz melíflua, suave, certamente não significam personalidades humildes e resignadas, a um passo do triunfo sobre as vicissitudes.
Muitas provêm de incontida revolta, de sentimentos desesperados, de vidas em estiolamento pela mágoa e pela rebeldia.
Por isto, não julgues ninguém pela aparência, ou melhor, não te arvores a julgamento algum com desconhecimento da causa reta.
Torna-te tolerante, embora sem conivir.
O problema de cada um, a cada qual pertence.
Sê um momento de esperança para quem te busque, ou uma oportunidade de renovação para quem te perturbe ou desafie, mantendo-te em paz contigo mesmo em qualquer situação.
Da mesma forma que o teu exterior não te reflete a realidade interna, os passantes pelo teu caminho, igualmente, vivem essa dicotomia de comportamento.
Jesus, que identificava a causa das afliçöes humanas e penetrava o âmago dos corações, por isto mesmo não julgava, não condenava, não desconsiderava ninguém.
Seguindo-Lhe o exemplo e exercendo misericórdia para com o teu próximo, quando, por tua vez, necessites de apoio, não te faltarão o socorro da compreensão e da amizade que alguém te dispensará.
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Coragem. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL. 1988.

sábado, 24 de outubro de 2009

CIRCUITO





Os amigos constituem, por si, um banco providencial em que usufruis a possibilidade de sacar os melhores recursos para a sustentação da própria vida.


Todos eles são capazes de funcionar, proveitosamente, em teu benefício.


Entretanto, para que isso aconteça, não olvides a própria dedicação e assiduidade nos depósitos.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminhos. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 2 edição. Jabaquara, SP: CEU. 1981.



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

LUZ NO LAR



Organizemos o nosso agrupamento doméstico do Evangelho. O Lar é o coração do organismo social.
Em casa, começa nossa missão no mundo.
Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para a vida com todos.
Seremos, lá fora, no grande campo da experiência pública, o prosseguimento daquilo que já somos na intimidade de nós mesmos.
Fujamos à frustração espiritual e busquemos no relicário doméstico o sublime cultivo dos nossos ideais com Jesus. O Evangelho foi iniciado na Manjedoura e demorou-se na casa humilde e operosa de Nazaré, antes de espraiar-se pelo mundo.
Sustentemos em casa a chama de nossa esperança, estudando a Revelação Divina, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria, porque, segundo a promessa do Evangelho Redentor, "onde estiverem dois ou três corações em Seu Nome", aí estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à Luz Celestial, hoje, amanhã e sempre.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Luz no Lar. Ditado pelo Espírito Scheilla.


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

SOFRERÁ PERSEGUIÇÕES




"E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições." - Paulo. (II TIMÓTEO, 3:12.)


Incontestavelmente, os códigos de boas maneiras do mundo são sempre respeitáveis, mas é preciso convir que, acima deles, prevalecem os códigos de Jesus, cujos princípios foram por Ele gravados com a própria exemplificação.
O mundo, porém, raramente tolera o código de boas maneiras do Mestre Divino.


Se te sentes ferido e procuras a justiça terrestre, considerar-te-ão homem sensato; contudo, se preferes o silêncio do Grande Injustiçado da Cruz, ser-te-ão lançadas ironias à face.


Se reclamas a remuneração de teus serviços, há leis humanas que te amparam, considerando-te prudente; mas se algo de útil produzes sem exigir recompensa, recordando o Divino Benfeitor, interpretar-te-ão por louco.


Se te defendes contra os maus, fazendo valer as tuas razões, serás categorizado por homem digno; entretanto, se aplicares a humildade e o perdão do Senhor, serás francamente acusado de covarde e desprezível.


Se praticares a exploração individual, disfarçadamente, mobilizando o próximo a serviço de teus interesses passageiros, ser-te-ão atribuídos admiráveis dotes de inteligência e habilidade; todavia, se te dispões ao serviço geral para benefício de todos, por amor a Jesus, considerar-te-ão idiota e servil.


Enquanto ouvires os ditames das leis sociais, dando para receber, fazendo algo por buscar alheia admiração, elogiando para ser elogiado, receberás infinito louvor das criaturas, mas, no momento em que, por fidelidade ao Evangelho, fores compelido a tomar atitudes com o Mestre, muita vez com pesados sofrimentos para o teu coração, serás classificado à conta de insensato.


Atende, pois, ao teu ministério onde estiveres, sem qualquer dúvida nesse particular, certo de que, por muito tempo ainda, o discípulo fiel de Jesus, na Terra, sofrerá perseguições.


Do Livro Vinha de Luz - Emmanuel - Chico Xavier

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

PEQUENA POESIA


Tenha sempre um carinho
Para aquele que lhe cruza o caminho
Tenha sempre alegria
Para distribuir no dia-a-dia

Alimente-se do amor
Beba luz
Para brindar ao Senhor
Agradecendo a Jesus

Um Irmão

VALOR DO PERDÃO


Sim, meus amigos,
O perdão representa muito mais que um bálsamo para aquele que o recebe.
Para aquele que perdoa, tem uma importância muito maior.
Tenham certeza de que a necessidade de perdoarmos é imensa, tanto quanto o amor.
O perdão é amor.
É o amor que será capaz de envolver-nos na felicidade suprema.
Não havemos de nos importar com a impressão que nossos pequenos gestos possam causar aos demais companheiros de jornada.
A satisfação que resultará do ato do perdão é imensurável. Poucos podem imaginar.
Não encaremos o perdão como tantos pelo mundo.
Todos precisamos do amor e, assim, precisamos também do perdão.
Deus nos perdoa e nos ama. Qual será a maneira de demonstramos o respeito que temos pelo Pai, senão agindo da mesma forma?
Nossos defeitos ou atos, muitas vezes impensados, não são melhores nem piores.
Se hoje temos uma condição melhor de entendimento, ontem não tínhamos, e muitos precisaram nos perdoar.
Então irmãos, não desanimemos. Sigamos adiante amando e perdoando para merecermos o perdão de nosso amado Pai.
Esta é a receita da felicidade.

Um Irmão

CONSERTA-TE SEM DEMORA COM O TEU ADVERSÁRIO


Reconciliação com os adversários
5. Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. - Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil. (S. MATEUS, cap. V, vv. 25 e 26.)


O sacrifício mais agradável a Deus
7. Se, portanto, quando fordes depor vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que o vosso irmão tem qualquer coisa contra vós, - deixai a vossa dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê-la. - (S. MATEUS, cap. V, vv. 23 e 24.)



Reparemos que o senhor não nos recomenda pela melhor hora – que poderá não chegar – para o exercício do perdão.
O perdão não é para amanhã nem para depois; o perdão é para hoje...
Notemos, ainda, que o mestre JESUS preceitua que a iniciativa do perdão parta de nós e não daqueles que agredimos ou tenham nos agredido.
O que gostaríamos de destacar é que JESUS não se dirige especialmente a nenhum dos envolvidos na questão – nem a pretensa vitima nem ao suposto algoz, na trama infeliz que entre ambos se estabeleceu.
Ele se refere ao adversário, deixando-nos subentender que seremos mais culpados pela falta de indulgência do que propriamente pela ofensa em si...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

III SEMINÁRIO "CIÊNCIA, SAÚDE e ESPIRITUALIDADE"




III Seminário




"Ciência, Saúde e Espiritualidade"

No dia 24/10/09 (sábado), das 14h00 às 18h00, será realizado o evento de extensão universitária "III Seminário Ciência, Saúde e Espiritualidade", no Auditório do IC-2 do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES/Campus de Goiabeiras).




O evento tem como objetivo oportunizar um espaço de divulgação e reflexão sobre a interface entre Ciência e Espiritualidade, aprofundando a importância da dimensão espiritual para a saúde do ser humano.
A Profa. Dra. Irvênia de Santis Prada (USP) será a facilitadora do seminário, que tem como tema "Bioética e Espiritualidade". As inscrições são gratuitas, limitadas e realizadas exclusivamente via Internet no site http://www.ameees.org.br/seminario/, até o dia 23/10.
A realização do evento é o resultado da parceria entre o Departamento de Arquivologia/UFES (coordenação da pesquisa "Produção Científica em Saúde e Espiritualidade") e a Associação Médico-Espírita do Estado do Espírito Santo (AMEEES).

PERDOA AS NOSSAS DÍVIDAS, ASSIM COMO PERDOAMOS AOS NOSSOS DEVEDORES



Quando pronunciamos as palavras “perdoa as nossas dividas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, não apenas estamos à espera do benefício para o nosso coração e para a nossa consciência, mas estamos igualmente assumindo o compromisso de desculpar os que nos ofendem.
Todos possuímos a tendência de observar com evasivas os grandes defeitos que existem em nós, reprovando, entretanto, sem exame, pequeninas faltas alheias.
Por isso mesmo Jesus, em nos ensinando a orar, recomendou-nos esquecer qualquer mágoa que alguém nos tenha causado.
Se não oferecermos repouso à mente do próximo, como poderemos aguardar o descanso para os nossos, pensamentos?
Será justo conservar todo o pão, em nossa casa, deixando a fome aniquilar a residência do vizinho?
A paz é também alimento da alma, e, se desejamos tranquilidade para nós, não nos esqueçamos do entendimento e da harmonia que devemos aos demais.
Quando pedirmos a tolerância do Pai Celeste em nosso favor, lembremo-nos também de ajudar aos outros com a nossa tolerância.
Auxiliemos sempre.
Se o Senhor pode suportar-nos e perdoar-nos, concedendo-nos constantemente novas e abençoadas oportunidades de retificação, aprendamos, igualmente, a espalhar a compreensão e o amor, em benefício dos que nos cercam.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei. 19 edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

APARÊNCIAS


Não acuse o irmão que parece mais abastado. Talvez seja simples escravo de compromissos. 


Não condene o companheiro guindado à autoridade. É provável seja ele mero devedor da multidão.
Não inveje aquele que administra, enquanto você obedece. Muitas vezes, é um torturado.
Não menospreze o colega conduzido a maior destaque. A responsabilidade que lhe pesa nos ombros pode ser um tormento incessante. 
Não censure a mulher que se apresenta suntuosamente. O luxo, provavelmente, lhe constitui amarga provação.
Não critique as pessoas gentis que parecem insinceras, à primeira vista. Possivelmente, estarão evitando enormes crimes ou grandes desânimos.
Não se agaste com o amigo mal-humorado. Você não lhe conhece todas as dificuldades íntimas.
Não se aborreça com a pessoa de conversação ainda fútil. Você também era assim quando lhe faltava experiência.
Não murmure contra os jovens menos responsáveis. Ajude-os, quanto estiver ao seu alcance, recordando que você já foi leviano para muita gente.
Não seja intolerante em situação alguma. O relógio bate, incessante, e você será surpreendido por inúmeros problemas difíceis em seu caminho e no caminho daqueles que você ama.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999.


domingo, 18 de outubro de 2009

COMPAIXÃO




Escasseia, na atual conjuntura terrestre, o sentimento da compaixão. Habituando-se aos próprios problemas e aflições, o homem passa a não perceber os sofrimentos do seu próximo.
Mergulhado nas suas necessidades, fica alheio às do seu irmão, às vezes, resguardando-se numa couraça de indiferença, a fim de poupar-se a maior soma de dores.
Deixando de interessar-se pelos outros, estes esquecem-se dele, e a vida social não vai além das superficialidades imediatistas, insignificantes.
Empedernindo o sentimento da compaixão, a criatura avança para a impiedade e até para o crime.
Olvida-se da gratidão aos pais e aos benfeitores, tornando-se de feitio soberbo, no qual a presunção domina com arbitrariedade.
Movimentando-se, na multidão, o indivíduo que foge da compaixão, distancia-se de todos, pensando e vivendo exclusivamente para o seu ego e para os seus. No entanto, sem um relacionamento salutar, que favorece a alegria e a amizade, os sentimentos se deterioram, e os objetivos da vida perdem a sua alta significação tornando-se mais estreitos e egotistas.
A compaixão é uma ponte de mão dupla, propiciando o sentimento que avança em socorro e o que retorna em aflição.
É o primeiro passo para a vigência ativa das virtudes morais, abrindo espaços para a paz e o bem-estar pessoal.
O individualismo é-lhe a grande barreira, face a sua programação doentia, estabelecida nas bases do egocentrismo, que impede o desenvolvimento das colossais potencialidades da vida, jacentes em todos os indivíduos.
A compaixão auxilia o equilíbrio psicológico, por fazer que se reflexione em torno das ocorrências que atingem a todos os transeuntes da experiência humana.
É possível que esse sentimento não resolva grandes problemas, nem execute excelentes programas. Não obstante, o simples desejo de auxiliar os outros proporciona saudáveis disposições físicas e mentais, que se transformarão em recursos de socorro nas próximas oportunidades.
Mediante o hábito da compaixão, o homem aprende a sacrificar os sentimentos inferiores e a abrir o coração.
Pouco importa se o outro, o beneficiado pela compaixão, não o valoriza, nem a reconheça ou sequer venha a identificá-la. O essencial é o sentimento de edificação, o júbilo da realização por menor que seja, naquele que a experimenta.
Expandir esse sentimento é dar significação à vida.
A compaixão está cima da emotividade desequilibrada e vazia. Ela age, enquanto a outra lamenta; realiza o socorro, na razão em que a última apenas se apiada.
Quando se é capaz de participar dos sofrimentos alheios, os próprios não parecem tão importantes e significativos.
Repartindo a atenção com os demais, desaparece o tempo vazio para as lamentações pessoais.
Graças à compaixão, o poder de destruição humana cede lugar aos anseios da harmonia e de beleza na Terra.
Desenvolve esse sentimento de compaixão para com o teu próximo, o mundo, e, compadecendo-te das suas limitações e deficiências, cresce em ação no rumo do Grande Poder.
Divaldo P. Franco. Da obra: Responsabilidade. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

PORTA ESTREITA




"Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão." - Jesus. (LUCAS, 13:24.)


Antes da reencarnação necessária ao progresso, a alma estima na "porta estreita" a sua oportunidade gloriosa nos círculos carnais.
Reconhece a necessidade do sofrimento purificador. Anseia pelo sacrifício que redime. Exalta o obstáculo que ensina. Compreende a dificuldade que enriquece a mente e não pede outra coisa que não seja a lição, nem espera senão a luz do entendimento que a elevará nos caminhos infinitos da vida.
Obtém o vaso frágil de carne, em que se mergulha para o serviço de retificação e aperfeiçoamento.
Reconquistando, porém, a oportunidade da existência terrestre, volta a procurar as "portas largas" por onde transitam as multidões.
Fugindo à dificuldade, empenha-se pelo menor esforço.
Temendo o sacrifício, exige a vantagem pessoal. Longe de servir aos semelhantes, reclama os serviços dos outros para si.
E, no sono doentio do passado, atravessa os campos de evolução, sem algo realizar de útil, menosprezando os compromissos assumidos.
Em geral, quase todos os homens somente acordam quando a enfermidade lhes requisita o corpo às transformações da morte.
"Ah! se fosse possível voltar!..." - pensam todos.
Com que aflição acariciam o desejo de tornar a viver no mundo, a fim de aprenderem a humildade, a paciência e a fé!... com que transporte de júbilo se devotariam então à felicidade dos outros! ...
Mas... é tarde. Rogaram a "porta estreita" e receberam-na, entretanto, recuaram no instante do serviço justo. E porque se acomodaram muito bem nas "portas largas", volvem a integrar as fileiras ansiosas daqueles que procuram entrar, de novo, e não conseguem.


Do Livro Vinha de Luz - Emmanuel - Chico Xavier