sábado, 30 de junho de 2012

CAUSA E EFEITO



Reflexões sobre Causas e Efeitos
Assaruhy Franco de Moraes 


No caminho para a luz, o Espírito adquire débitos que são gerados por conta da inconsequência e da visão deturpada sobre como percorrê-lo. 

Navegamos pelos mares do egoísmo, aportamos na enseada do materialismo, caminhamos pelas terras do fanatismo, vencemos as tempestades da intolerância, passamos pela influência das trevas; são tantos os obstáculos e muitas vezes, perdemos muito tempo até que a razão prevaleça.

Nesse processo, o Espírito contabiliza faltas e assume responsabilidades, mas, na medida em que o tempo passa e as lições vão ensinando a viver, a realidade começa a sair fora das brumas do erro e se torna nítida diante da verdade.

De todas as fases do processo de regeneração espiritual, o momento da verdade é provavelmente a mais crucial e nesse momento, não se tem mais desculpas para a incidência de erros, nem justificativas para atos menores, é a solidão da consciência e a convergência das lágrimas. É o momento em que o Espírito anseia pela regeneração e procura conhecer as formas de conseguir esse intento.

No livro Chico Xavier Pede Licença, Emmanuel nos conta, no Cap. 19 Desencarnações Coletivas fatos elucidativos sobre as relações de causa e efeito nas mortes coletivas, que são resultantes da expectativa espiritual pela regeneração, verdadeiros passaportes para a luz.
O nosso bom amigo nos diz que quando o Espírito tem consciência de suas responsabilidades diante da vida, roga ao Pai os meios de resgatá-las devidamente.
Faz-se importante lembrarmos que é no momento da verdade, que o resgate tem sua maior força e eficácia, é nesse momento que o devedor tem condição de entender o porque de suas dores e justificá-las para si mesmo, sem que se defronte com as sombras da revolta, que só tenderiam a empurrá-lo para uma longa espera por outra oportunidade..
É quando encontramos dolorosos casos em que milhares de pessoas são arrastadas pela voragem das guerras, vítimas indefesas de saques compelidas a experimentar dores que semearam em seu passado.
São vítimas de epidemias arrasadoras, respondendo pelos erros de corrupção que prejudicaram irmãos que nelas confiaram; almas comprometidas com os anseios de ouro e poder, agora vítimas de violências na partilha de terras e bens, ao preço de sangue e lágrimas.
Fala-nos ainda Emmanuel, em elucidativo relato, sobre as mortes coletivas em incêndios terríveis, que podem ser por explosões, atentados, acidentes, refletindo um passado onde corsários ateavam fogo em navios e cidades, na busca da pilhagem fácil.
Todavia, todas essas explicações só fazem sentido, se entendidas na mecânica da reencarnação, caso contrário, difícil será entrever a justiça em cada evento reparador e perceber que se criamos a culpa, também escolhemos a forma de repará-la.
Finaliza o Mentor espiritual, dizendo que nunca ficamos sem a presença da Misericórdia Divina e que o sofrimento é sempre reduzido ao mínimo.
Não existem regras fixas de tempo entre a causa (falta) e o efeito (resgate), o que vale é a capacidade que as almas endividadas têm para entender sua situação e tirarem o melhor proveito da lição que receberem.

Em Crônicas de Além Túmulo, Humberto de Campos reporta-nos sobre o incêndio de um circo em Niterói, RJ em 1961, uma dolorosa tragédia com centenas de mortes de adultos e crianças, que agora vítimas, foram responsáveis, 1784 anos antes, por queimarem cerca de mil crianças e mulheres cristãs, numa arena de circo na Gália, ainda na época do Império Romano.
Essas explicações, certamente, não devem ser recebidas para que tenhamos menos comoção diante da tragédia de nossos irmãos, agora em resgate. A finalidade de conhecermos essas relações de causa e efeito, é para que possamos entender o porquê dos tristes eventos corretores, aceitando a presença da justiça divina exatamente onde parecer que ela está ausente.

Assim, precisamos refletir diante da violência e dor dos desastres que nos comovem e traumatizam a opinião pública. Nossa melhor contribuição para esses fatos, deve ser a prece sincera pelos irmãos em prova e pelos de suas convivências, para que se fortaleçam na esperança do reencontro em dias melhores.

Publicado em O BOLETIM Informativo do Centro Espírita Bezerra de Menezes - Junho 2012

segunda-feira, 4 de junho de 2012

E A VIDA CONTINUA

Em Agosto de 2012, o público verá nos cinemas brasileiros uma história fascinante.
E a vida continua...

Filme adaptado do livro “E A VIDA CONTINUA”,
de André Luiz, psicografado por Chico Xavier.

Sinopse:

A transposição deste romance para a tela põe em destaque o que a obra original tem de mais expressivo em seu conteúdo. Converte a essência de cada trecho literário em cenas vivas, instigantes, de interesse humano inquestionável.
Levado por uma dessas tantas "coincidências" da vida, um homem de cinqüenta anos conhece, em circunstâncias dramáticas, uma jovem de vinte e cinco. Fugitivo de si mesmo, sobrevivente de uma tragédia pessoal que o tempo ensinou a esconder num bem-humorado sorriso, no mesmo instante se encanta por essa moça, que além da frustrada paixão pelo marido infiel nenhuma razão mais possui para  continuar vivendo.

Como náufragos à deriva, Ernesto e Evelina juntam forças e esperanças. Mas não só amores e desamores passados os tornam semelhantes. A questão da saúde comprometida pela mesma enfermidade grave, outra "coincidência", lança expectativas sombrias no futuro dos dois. Como investir numa tão promissora amizade que pode acabar sem glória e sem despedida no centro cirúrgico de um hospital? Instala-se a dúvida. E nos poucos dias que os separam de seus destinos curiosamente parecidos, o homem e a mulher que o "acaso" trouxe para um encontro preparam suas almas apostando na Vida mas com um olho na Morte.

No último minuto de proximidade na estância de repouso preparatório para as cirurgias, dizer o quê? Adeus? Até breve?

Na falta de resposta o silêncio foi melhor. Um sorriso e uma mão acenando disseram mais.

Como no Teatro, fechava-se a cortina ao final do Primeiro Ato. O Segundo seria num outro palco, numa nova dimensão, para uma outra platéia. Entenderiam os protagonistas, agora, que a Vida é uma peça de muitos Atos, porém sem fim.

E a Vida Continua...
Filme adaptado do livro “E A VIDA CONTINUA”,
de André Luiz, psicografado por Chico Xavier.