domingo, 31 de outubro de 2010

O QUE SIGNIFICA AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS ?


"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças, e de todo o teu intelecto, e a teu próximo como a ti mesmo".
Luc,10:27


O Cristo enfatiza o tema-Deus.
Observe que Ele não fala de uma percepção intelectual da Divindade.
Deixa claro a necessidade de se sentir Deus com amor irrestrito.
Deus em a natureza . Nos céus e na Terra. Na dor e na alegria. Nas coisas e nas pessoas.
Verticalizar o Amor em Deus e horizontalizar essa mesma energia nas criaturas irmãs.
Amar nosso Pai - Inteligência Suprema, acima de qualquer conveniência e amar nossos semelhantes com a mesma intensidade com que amamos a nós mesmos.

Do livro: 1 minuto com Jesus - do Espírito Pastorino - por Ariston S.Teles

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

PARÁBOLA DO AMIGO IMPORTUNO


"Qualquer de vós que tenha um amigo e vá procurá-lo à meia noite e lhe diga: empresta-me três pães, porque um amigo meu acaba de chegar a minha casa, de uma viagem e nada tenho para lhe oferecer; se do interior o outro lhe responder: não me incomodes, a porta já está fechada, eu e meus filho estamos deitados, não posso levantar-me para tos dar; se perseverar em bater, embora ele não se levante para lhos dar por ser seu amigo, ao menos por causa da importunação se levantará e lhe dará quantos pães precisar.
Portanto eu vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á.
Qual de vós é o pai, que, se o filho pedir um peixe, lhe dará em vez de peixe uma serpente? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Ora, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celestial dará um bom espírito aos que lho pedirem?" (Lucas, 11:5-13)


Confortadora parábola! O caráter amoroso e paternal de Deus é aí retratado por Jesus, de forma eloquente, num contraste gritante com as concepções de até então, em que a divindade mais se parecia a um déspota cruel, irritadiço, sempre disposto a castigar e a destruir.

Principia fazendo-nos compreender que, aqui mesmo na Terra, se recorrermos a um amigo quando tenhamos necessidade de um haveremos de o conseguir. Pode esse amigo não nos valer imediatamente, de boa vontade, pode até relutar em atender à nossa solicitação, mas, se instarmos com ele, ainda que, seja para ver-se livre de nossa importunação, acabará cedendo. Pois se desconhecidos, ou mesmo adversários, quando pedem com tato e insistência, muitas e muitas vezes são atendidos, como não o seriam aqueles que gozam da simpatia e amizade do solicitado?

Se em vez de apelarmos para um amigo, o fizermos para o nosso pai, maior ainda será a certeza do atendimento. Sim, ainda que seja um filho mau e ingrato, cometa erros sobre erros, envergonhe a família com seus desvarios, ou abandone a casa para entregar-se mais livremente às suas perversões, nem por isso o pai deixará de correr ao seu encontro, tão logo o saiba arrependido e em sofrimento, para lhe dar tudo o de que necessite, antes mesmo que ele exponha sua miséria.
Ora, segundo o ensino claro e insofismável da parábola, Deus é infinitamente mais solícito para com Suas criaturas do que o melhor dos amigos e o mais afeiçoado dos progenitores; assim, pois, qualquer que seja o grau de nossa imperfeição, de nossa indigência moral, se Lhe dirigirmos o nosso apelo, em prece sincera e quente, quando precisados de Seu auxílio, podemos estar certíssimos de que o socorro da Providência não nos faltará.

Não se suponha, entretanto, que basta pedir seja o que for, para que Deus aceda prontamente. Não. Ele sabe, melhor do que nós, aquilo que nos convém, o que é necessário ao nosso progresso espiritual, e é em função desse interesse mais alto que atende ou deixa de atender às nossas súplicas.

Tal qual um pai sensato que recusa ao filho o que possa prejudicá-lo, ou um cirurgião que deixa o doente sofrer as dores de uma operação que lhe trará a cura, assim Deus nos deixará sofrer, sempre que o sofrimento seja de proveito para a nossa felicidade futura. O que Ele nunca deixa de conceder, quando lhe pedimos, é a coragem, a paciência e a resignação para bem suportarmos os transes mais difíceis da existência, o que já não é pouco, pois nossas dores, então, doerão menos; é o amparo e a proteção dos nossos anjos de guarda a fim de sustentar-nos as boas resoluções e preservar-nos de novas quedas, se de fato estivermos desejosos de volver ao caminho reto.

Essa parábola encerra, ainda, um solene desmentido aos que doutrinam que somente os demonios, ou espíritos imundos, é que podem manifestar-se aos homens, no Espiritismo ou fora dele, com poderes de simular o bem para melhor seduzi-los, pervertê-los e levá-los à perdição.

Em contraposição aos que afirmam tal heresia, admitindo que Deus só permita intervenções demoníacas, vedando ao mesmo tempo toda e qualquer manifestação de entidades bondosas, numa clamorosa parcialidade em proveito do mal, ai estão as palavras do Mestre,a esclarecer-nos que se um pai é incapaz de dar uma serpente ao filho que lhe peça um peixe, Deus, nosso Pai celestial, não poderia trair nossa fé e confiança n'Ele, dando-nos um espírito maligno quando lhe pedimos a assistência de um espírito bom.

Do livro : Parábolas Evangélicas à Luz do Espiritismo - de Rodolfo Calligaris ( os grifos são nossos)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ESFORÇO PESSOAL - NECESSÁRIO PARA REFORMA MORAL PESSOAL



Mensagem recebida em nossa reunião do dia 21/10/10, que faz menção ao texto ( ESCAMAS) lido momentos antes do início desta reunião, aleatoriamente escolhido.
Embora a mensagem tenha sido dirigida para o grupo, pelo seu conteúdo moral, serve perfeitamente para todos.
Portanto, aproveitem , ao máximo, seus ensinamentos.
(os grifos são nossos)

"Venho mais uma vez a este recanto de paz e amor lhes pedir esforço pessoal necessário para a reforma pessoal moral de vocês.
Como foi muito bem dito a pouco, ainda guardam muitas escamas que nada mais são que cascas grosseiras revestidas de suas erraticidades vida a fora.
É necessário , como disse, muito esforço para construção de uma suavidade em torno de vossos espíritos, e a cada parcela de esforço, muitas vezes, vocês ainda sentirão as dificuldades aumentarem consideravelmente.
Neste momento lhes digo, é necessário mais esforço, mais boa vontade, mais comprometimento na luta pelo bem .
Não será fácil, como vocês bem sabem, mas este sacrifício aparente , não será em vão. Logo estarão semeando os bons frutos de seus esforços.
Não de deixem enganar pela vida corpórea a que estão vinculados, pois nada lhes servirá se não souberem usufruir da forma correta.
Não se iludam, pois nada de material será aproveitado , senão as experiências e o aprendizado de que deles se serviram.
Avante irmãos, não desanimem, esforcem-se mais e mais diariamente para desvencilharem-se do orgulho e do egoismo dos quais ainda estão impregnados.
Não lhes faltará a mão amiga bondosa para lhes amparar. A cada passo seguido e a cada dever cumprido estarão no caminho de almejar o bem maior.Vivam na Terra para a grandeza da espiritualidade e não lhes faltará o amor , a bondade e a misericórdia do Pai .
Mantenham-se firmes na fé não tenham medo das dificuldades pois elas serão o caminho em busca da perfeição que um dia , mesmo que longínquo, vocês alcançarão.
Estamos caminhando lado a lado buscando a luz .
Trabalhem , meus irmãos, pelo seu engrandecimento pessoal, independentemente das influências terrenas e espirituais que tentam desviá-los do caminho do bem .
Que todos tenham uma noite de paz, e que levem consigo o meu abraço fraterno.
Nunca se esqueçam de que estamos-lhe amparando e auxiliando.
Que a paz do Mestre permaneça em seus corações, e que as luzes brancas do Alto lhes iluminem os passos. "

ESCAMAS


"E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista." -
(ATOS, 9:18.)

A visita de Ananias a Paulo de Tarso, na aflitiva situação de Damasco, sugere
elevadas considerações.

Que temos sido nas sombras do pretérito senão criaturas recobertas de escamas
pesadas
sob todos os pontos de vista? Não somente os olhos se cobriram de
semelhantes excrescências. Todas as possibilidades confiadas a nós outros hão sido
eclipsadas pela nossa incúria, através dos séculos. Mãos, pés, língua, ouvidos, todos os
poderes da criatura
, desde milênios permanecem sob o venenoso revestimento da
preguiça, do egoísmo, do orgulho, da idolatria e da insensatez.

O socorro concedido a Paulo de Tarso oferece, porém, ensinamento profundo.
Antes de recebê-lo, o ex-perseguidor rende-se incondicionalmente ao Cristo; penetra a
cidade, em obediência à recomendação divina, derrotado e sozinho, revelando extrema
renúncia, onde fora aplaudido triunfador. Acolhido em hospedaria singela, abandonado de
todos os companheiros, confiou em Jesus e recebeu-lhe a sublime cooperação.

É importante notar, contudo, que o Senhor, utilizando a instrumentalidade de Ananias,
não lhe cura senão os olhos, restituindo-lhe o dom de ver. Paulo sente que lhe caem
escamas dos órgãos visuais e, desde então, oferecendo-se ao trabalho do Cristo,
entra no caminho do sacrifício, a fim de extrair, por si mesmo, as demais escamas
que lhe obscureciam as outras zonas do ser.

Quanto lutou e sofreu Paulo, a fim de purificar os pés, as mãos, a mente e o coração?
Trata-se de pergunta digna de ser meditada em todos os tempos. Não te esqueças,
pois, de que na luta diária poderás encontrar os Ananias da fraternidade, em nome do
Mestre; aproximar-se-ão, compassivos, de tuas necessidades, mas não olvides que o
Senhor apenas permite que te devolvam os olhos, a fim de que, vendo claramente,
retifiques a vida por ti mesmo.

Do livro: Vinha de Luz - por Francisco Cândido Xavier - pelo Espírito Emmanuel - (os grifos são nossos)

sábado, 23 de outubro de 2010

CURANDO AS DORES DA ALMA

Palestra na “Sociedade”, “Curando as Dores da Alma”, este foi o tema da palestra da conferencista internacional Ana Guimarães, do Rio de Janeiro-RJ, no domingo dia 19 de setembro/2010, de 09 as 10 da manhã. Uma interessante abordagem sobre as diversas formas de cura para os nossos sofrimentos do dia a dia. Muita Saúde e Paz para Você e toda sua família. Virgilio Knupp (Presidente da SCEE).

"Curando as Dores da Alma", Ana Guimarães from Carlos Pretti on Vimeo.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

DESAPEGO



"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele"

João, 2:15


Aqui deve-se tomar a palavra AMOR com o sentido de apego.

Exemplo: "Onde estiver o teu tesouro aí também estará o teu coração.

O amor do Pai transcende a tudo.

É muito importante desenvolver amor às coisas do Invisível, projetar a alma para além do mundo material.

Acreditar e confiar mais no imponderável do que naquilo que as pessoas tocam.

A realidade tanto pode ser mais sentida com o tato, quanto pode ser concebida pela intuição.

O apego ao mundo transitório escraviza a consciência, dificultando o processo de libertação que nos leva a planos mais altos de amor e felicidade.


Do livro : 1 minuto com Jesus - do Espírito Pastorino por Ariston S.Teles. (os grifos são nossos)

NADA ACONTECE POR ACASO



No mundo tereis tribulaçoes, mas tende coragem; eu venci o mundo"!
Jo, 16:33

Creia na vitória do bem.

Não vacile.

São três os degraus de perigosa descida: pessimismo, desalento, depressão

Antes de tudo, saiba que nada acontece sem a permissão de Deus.

Se Ele consente que você sofra dificuldades e conflitos, existem motivos que a sua própria razão desconhece.

A substância da Lei Divina chama-se Amor.

O problema que você traz nas mãos é desafio ao seu crescimento espiritual.

Pense um pouco naqueles que sofrem maiores conflitos, e procure ajudá-los ainda que seja uma simples oração.

Seja forte e persevere no Bem.

Do livro : 1 Minuto com Jesus - Do Espírito Pastorino por Ariston S.Teles (os grifos são nossos)

domingo, 10 de outubro de 2010

PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO


Certa vez, estando Jesus a ensinar, "eis que se levantou um doutor da lei e lhe disse, para o experimentar:
— Mestre, que hei-de fazer para alcançara vida eterna?
Respondeu-lhe Jesus:
Que está escrito na lei? Como é que lês?Tornou aquele:
"Amarás o Senhor, teu. Deus, de todoo teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e de toda a tua mente; e a teu próximo como a ti mesmo."
Respondeste bem, disse-lhe Jesus. Faze isto, e viverás.
Mas ele, querendo justificar-se, perguntou ainda:
— E quem é o meu próximo?
Ao que Jesus tomou a palavra e disse: Um homem descia de Jerusalém a Jerico e caiu nas mãos dos ladrões que logo o despojaram do que levava; e depois de o terem maltratado com muitas feridas, retiraram-se, deixando-o meio morto. Casualmente, descia um sacerdote pelo mesmo caminho; viu-o e passou para o outro lado. Igualmente, chegou ao lugar um levita; viu-o e também passou de largo. Mas, um samaritano, que ia seu caminho, chegou perto dele e, quando o viu, se moveu à compaixão. Aproximou-se, deitou-lhe óleo e vinho nas chagas e ligou-as; em seguida, fê-lo montar em sua cavalgadura, conduziu-o a uma hospedaria e teve cuidado dele. No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo: Toma cuidado dele, e o que gastares a mais pagar-to-ei na volta. Qual destes três se houve como próximo daquele que caíra nas mãos dos ladrões?
Respondeu logo a doutor:
— Aquele que usou com o tal de misericórdia.
Então lhe disse Jesuas
Pois vai, e f aze tu,.o mesmo.
(Lucas,X, 25-37)


Qual o ensinamento que o Mestre aí nos dá?

O de que para entrarmos na posse da vida eterna não basta memorizarmos textos da Sagrada Escritura. O que é preciso, o que é essencial, para a consecução desse objetivo, é pormos em prática, é vivermos a lei de amor e de fraternidade que ele nos veio revelar e exemplificar.
Haja vista que o seu interpelante, no episódio em tela, é um doutor em teologia, que provou ser versado em religião, visto que repetiu de cor, sem pestanejar, palavra por palavra, o conteúdo dos dois principais mandamentos divinos.
Mas... conquanto fosse um mestre religioso e, nessa condição, conhecesse muito bem a lei e os profetas, não estava tranquilo com a própria consciência; sentia, lá no íntimo da alma, que algo ainda lhe faltava. Daí a sua pergunta: "Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?"
Não o martirizasse uma dúvida atroz sobre se seriam suficientes os seus conhecimentos teológicos e os privilégios de sua crença para ganhar o reino do céu,e não se teria ele dirigido ao Mestre da forma como o fez.
Notemos agora que — e isso é de suma importância —, em sua resposta, Jesus não disse, absolutamente, que havia uma "predestinação eterna", isto é, "uma providência especial, que assegura aos eleitos graças eficazes para lhes fazer alcançar, infalivelmente, a glória eterna"; também não falou que havia uma "salvação pela graça, mediante a fé; nem tão pouco indicou como processo salvacionista a filiação a esta ou àquela igreja; assim como não cogitou de saber qual a ideia que o outro fazia dele, se o considerava Deus ou não.
Ante a citação feita pêlo doutor da lei, daqueles dois mandamentos áureos que sintetizam todos os deveres religiosos, disse-lhe apenas: "Faze isso, e viverás", o que equivale a dizer: aplica todas as tuas forças morais, intelectuais e afetivas na produção do BEM, em favor de ti mesmo e do próximo, e ganharas a vida eterna!
O tal, porém, nem sequer sabia quem era seu próximo! Como, pois, poderia amá-lo como a si mesmo, a fim de se tornar digno do Reino?
Jesus, então, extraordinário pedagogo que era, serenamente, sem impacientar-se, conta-Ihe a parábola do "bom samaritano", através da qual elucida o assunto, fazendo-o compreender que ser próximo de alguém é assisti-lo em suas aflições, é socorrê-lo em suas necessidades, sem indagar de sua crença ou nacionalidade. E após argui-lo, vendo que ele entendera a lição, conclui, apontando-lhe o caminho do céu em meia dúzia de palavras:
— "Pois vai, e faze tu o mesmo!"
Se a salvação dos homens dependesse realmente de "opiniões teológicas" ou de "sacramentos" desta ou daquela espécie, como querem fazer crer os atuais doutores da lei, não seria essa a ocasião azada, oportuna, propícia, para que Jesus o afirmasse peremptoriamente?
Mas não! Sua doutrinação é completamente diferente disso tudo: Toma um homem desprezível aos olhos dos judeus ortodoxos,tido e havido por eles como herege — um samaritano — e, incrível! aponta-o como "modelo",como "padrão", aos que desejem penetrar nos tabernáculos eternos!
E' que aquele renegado sabia praticar boas obras, sabia amar os seus semelhantes, e, para Jesus, o que importa, o que vale, o que pesa, não são os "credos" nem os "formalismos litúrgicos", mas os "bons sentimentos", porque são eles que modelam ideias e dinamizam ações,caracterizando os verdadeiros súditos do Reino Celestial

Do livro: Parábolas Evangélicas à Luz do Espiritismo - de Rodolfo Calligaris ( os grifos são nossos)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CASA ESPIRITUAL




"Vós, também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual."
Pedro. (I PEDRO, 2:5.)

Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.

Valendo-nos do símbolo, recordamos que existem casas ao abandono, caminhando para a ruína, e outras que se revelam sufocadas pela hera entrelaçada ou transformadas em redutos de seres traiçoeiros e venenosos da sombra; aparecem, de quando em quando, edificações relaxadas, cujos inquilinos jamais se animam a remover o lixo desprezível e observam-se as moradias fantasiosas, que ostentam fachada soberba com indisfarçável desorganização interior, tanto quanto as que se encontram penhoradas por hipotecas de grande vulto, sendo justo acrescentar que são raras as residências completamente livres, em constante renovação para melhor.

O aprendiz do Evangelho precisa, pois, refletir nas palavras de Simão Pedro, porque a lição de Jesus não deve ser tomada apenas como carícia embaladora e, sim, por material de construção e reconstrução da reforma integral da casa íntima.

Muita vez, é imprescindível que os alicerces de nosso santuário interior sejam abalados e renovados.

Cristo não é somente uma figuração filosófica ou religiosa nos altiplanos do pensamento universal. É também o restaurador da casa espiritual dos homens.

O cristão sem reforma interna dispõe apenas das plantas do serviço. O discípulo sincero, porém, é o trabalhador devotado que atinge a luz do Senhor, não em benefício de Jesus, mas, sobretudo, em favor de si mesmo
Do Livro Vinha e Luz - Do Espírito Emmanuel - por Francisco Cândido Xavier (os grifos são nossos)