Imaginemo-nos diante de uma falta alheia que nos fere e aborrece. Erro que nos humilha
e estraga a tranqüilidade.
Provavelmente, o delito terá sido até mesmo perpetrado contra nós.
Vale, porém, conscientizar atitudes antes de apresentar qualquer reação.
Se te vês em condições de raciocinar, será justo inquirir de ti próprio
se a pessoa em falha permanece em harmonia consigo própria.
Disporá do equilíbrio que, porventura, estejamos desfrutando para
ajuizar com o possível acerto em torno de acontecimentos e cousas?
Que antecedentes lhe ditaram a mudança de conduta?
Haverá contado na existência com as escoras afetivas que nos resguardam
a segurança, desde muito tempo?
Que recursos de auto-educação recebeu para evitar a queda em que se nos
fez objeto de inquietação?
Que forças lhe pesam na mente para abraçar comportamento contrário à
nossa expectação e confiança?
Se te dispuseres ao auto-exame da consciência tranqüila, sem nenhum
obstáculo, compreenderás o ensinamento do Criador que nos pede amor pelos
inimigos e recomenda se perdoe a ofensa setenta vezes sete vezes, sempre que
nos bata à porta ou nos visite o coração.
E não basta unicamente observar a posição anômala em que os nossos
companheiros terão agido.
Razoável reconhecer que se vivemos, sentimos, pensamos, falamos e
trabalhamos juntos, somos espíritos na mesma faixa de evolução, uns mais à
frente e outros um tanto à retaguarda do progresso, guardando todos a possibilidade
de errar pelos empeços morais que ainda nos caracterizam.
A diferença entre aqueles que se transviam e aqueles que se conservam em
linha reta é que o companheiro ainda impecável se mantém de freios seguros no
carro da própria vida e o outro, o que errou, perdeu temporariamente o controle
da direção.
Emmanuel – Da obra “Mãos
Unidas” Por Chico Xavier.
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