quinta-feira, 17 de março de 2011

PARENTES



Mas se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.” - Paulo. (1ª EPÍSTOLA A TIMÓTEO, capítulo 5, versículo 8.)
A casualidade não se encontra nos laços da pa­rentela.
Princípios sutis da Lei funcionam nas ligações consanguíneas.
Impelidos pelas causas do passado a reunir-nos no presente, é indispensável pagar com alegria os débitos que nos irmanam a alguns corações, a fim de que venhamos a solver nossas dívidas para com a Humanidade.
Inútil é a fuga dos credores que respiram co­nosco sob o mesmo teto, porque o tempo nos aguar­dará implacável, constrangendo-nos à liquidação de todos os compromissos.
Temos companheiros de voz adocicada e edifi­cante na propaganda salvacionista, que se fazem verdadeiros trovões de intolerância na atmosfera caseira, acumulando energias desequilibradas em torno das próprias tarefas.
Sem dúvida, a equipe familiar no mundo nem sempre é um jardim de flores. Por vezes, é um espi­nheiro de preocupações e de angústias reclaman­do-nos sacrifício. Contudo, embora necessitemos de firmeza nas atitudes para, temperar a afetividade que nos é própria, jamais conseguiremos sanar as feri­das do nosso ambiente particular com o chicote da violência ou com o emplastro do desleixo.
Consoante a advertência do Apóstolo, se nos falha o cuidado para com a própria família, estare­mos negando a fé.
Os parentes são obras de amor que o Pai Com­passivo nos deu a realizar. Ajudêmo-los, através da cooperação e do carinho, atendendo aos desígnios da verdadeira fraternidade.
Somente adestrando paciência e compreensão, tolerância e bondade, na praia estreita do lar, é que nos abilitaremos a servir com vitória, no mar alto das grandes experiências.

Livro: FONTE VIVA - Capítulo 156 - De Emmanuel - Por Francisco Cândido Xavier

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