quarta-feira, 19 de agosto de 2009

INDULGÊNCIA AINDA

A indulgência não é apenas caridade para com os outros.

Erige-se igualmente como sendo processo de nos imunizarmos contra o impacto de vibrações destrutivas. Por isto mesmo, o tato deve estar conosco, à feição de
porta-verdade, a fim de que os nossos pensamentos não venham a ferir os outros, tornando de outros para nós, de maneira a ferir-nos.

Assim nos expressamos porque a idéia em si é fonte de força em que a palavra se articula.

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Aprendamos, ainda e sempre, a empregar a indulgência construtivamente, em se tratando das pessoas.

Quando esse companheiro ou aquela companheira se mostrarem autoritários, de modo excessivo, mentalizemo-los por irmãos responsáveis e confiantes;

surgindo os que se nos afigurem vagarosos, na execução das tarefas que lhes caiba, imaginemo-los por meticulosos e tímidos, nunca por preguiçosos ou lerdos;

se aparecem por figurinos de avareza e se chamados a exprimir-nos, quanto a eles, interpretemo-los por amigos da poupança e não da sovinice;

quando se revelarem portadores de opiniões demasiado francas, aceitemo-los por amigos sinceros mas não imprudentes;

em se evidenciando facilmente irritáveis, vejamo-los por temperamentos emotivos e não por pessoas aborrecidas ou intolerantes;

e quando se nos destaquem aos olhos por irmãos indecisos ou amorfos, saibamos classificá-los por amigos cautelosos e moderados.

*

Indubitavelmente os pensamentos e as palavras, na expressão simbólica, são cores e tintas com que nos será lícito expressar a própria conceituação de acontecimentos determinados, no entanto, em se tratando de criaturas sensíveis quanto nós, sejamos observadores das ocorrências e irmãos das pessoas, a fim de auxiliá-las para que igualmente nos auxiliem. Busquemos sentir e pensar, agir e realizar no bem e saberemos sempre sacar do coração e do cérebro a boa palavra capaz de compreender e amparar, orientar e servir.

Emmanuel

XAVIER, F. C. "Encontro de Paz". Por Diversos Espíritos. 5ªed. Araras, SP: IDE, 1995. Cap. 21

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