quinta-feira, 18 de junho de 2009

O SIGNIFICADO DA VIDA

Na grande mole humana, cada pessoa dá, à vida, um significado especial.

Esta objetiva a aquisição da cultura; essa busca o destaque social; aquela anela pela fortuna; estoutra demanda o patamar da glória...

Uma quer a projeção pessoal; outra anseia pela construção de uma família ditosa, cada qual empenhando-se mais afanosamente para atingir o que estabelece como condição de meta essencial.

Tal planificação, que varia de indivíduo, termina por estimular à luta, à competição insana, ao desespero.

Conseguido, porém, o que significou como ideal, ou reprograma o destino ou tomba em frustração, descobrindo-se irrealizado ou vítima de saturação do que haja conseguido sem plenificar-se interiormente.

A vida, entretanto, possui um significado especial, que reside no autodescobrimento do homem, que passa a valorizar o que é ou não importante no seu peregrinar evolutivo.

Este desafio se torna individual, unindo, sem embargo, no futuro, os seres numa única família, que entrelaça os ideais em sintonia perfeita com a energia que emana de Deus e é o élan vitalizador da vida.

Os meios da tua sobrevivência orgânica emulam-te para avançar ao encontro da finalidade da existência.

O azeite sustenta a chama, porém a finalidade desta não é crepitar, mas derramar luz e aquecer.

Enquanto não te empenhes, realmente, na busca da tua realidade espiritual, seguirás inseguro, instável, sem plena satisfação.

Todas as aquisições que exaltam o ego terminam por entediar.

A maneira mais eficiente para o cometimento do real significado da vida, é a experiência do amor.

Amor que doa e liberta.

Amor que renuncia e faz feliz.

Amor que edifica, espalhando esperança e bênçãos.

Amor que sustenta vidas e favorece ideais de enobrecimento.

Amor que apazigua quem o sente e dulcifica aquele a quem se doa.

O amor é conquista muito pessoal que necessita do combustível da disciplina mental e da ternura do sentimento para expandir-se.

O significado essencial da vida repousa, pois, no esforço que cada criatura deve encetar para anular as paixões dissolventes, colocando nos seus espaços emocionais o divino hálito, o amor que se origina em Deus.

Joanna de Angelis

FRANCO, Divaldo P. Momentos de Meditação. Pelo Espírito de Joanna de Angelis. Salvador, BA, Livraria Espírita Alvorada, 1988, cap. 11.

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