terça-feira, 8 de setembro de 2009

HÁLITO DIVINO


O perfume de lírios e jasmins que corria nos braços do vento não era somente a oferenda da primavera.

O cheiro da terra úmida esvoaçando do chão era mais do que a doação da madrugada.

O aroma delicado do lótus, viajando nas mãos do ar que o recolheu, expressa o poema da natureza e mais do que isso.

Há um oceano de essências divinas perpassando por toda parte e inundando de alegria os animais e os homens, as plantas e a brisa que os absorvem em festa.

Todos experimentamos uma satisfação incomparável ao receber esse perfume, esse alento, hálito do teu amor que espalhas no mundo para a vida que não perece.


Rabindranath Tagore
FRANCO, Divaldo P. "Estesia". Pelo Espírito Rabindranath Tagore. 2.ed. Salvador, BA: BIGRAF-Bahiana Indal. Gráfica Ltda, 1987. cap. XXVIII.

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